quinta-feira, 16 de maio de 2013

Uma pesquisa realizada pela Endeavor identifica os perfis que compõem o panorama atual do empreendedorismo no país.





Desbravador, empolgado, provedor, apaixonado, antenado, independente, arrojado, pragmático, lutador. Apenas esses adjetivos enumerados, desprovidos de contexto e significado, pouco tem a mostrar. Mas, quando vistos sob um prisma sócio-demográfico, sustentados por um conjunto de características, atitudes e expectativas, revelam os sujeitos altamente heterogêneos que compõem o panorama atual do empreendedorismo brasileiro.
Segmentados entre empreendedores formais, informais e potenciais, esses diferentes perfis são o foco da pesquisa Empreendedores Brasileiros: Perfis e Percepções 2013, realizada pela Endeavor Brasil com o apoio da Ibope Inteligência. Para distinguir suas particularidades, ambições e dificuldades, o estudo realizou entrevistas com cerca de 3 mil brasileiros, entre proprietários de empresas, potenciais empreendedores e outros jovens e adultos que não pretendem abrir um negócio próprio.
A finalidade da segmentação, como ressaltou Amisha Miller, gerente da área de Pesquisa e Políticas Públicas da Endeavor, é esclarecer a melhor forma de apoiar e desenvolver produtos e serviços direcionados a cada perfil. “As organizações que se relacionam com empreendedores podem investir seu dinheiro de uma forma muito mais eficaz, criando produtos focados em grupos específicos e usando melhor os canais de comunicação para alcançá-los”, propõe. “Não podemos tratar os empreendedores (28% da população entre 16 e 64 anos) e os potenciais empreendedores (33% da mesma amostra) como um grupo padrão.”
Em geral, os empreendedores com funcionários – que representam apenas 4% da população brasileira – são aqueles que geram mais empregos e, portanto, fazem mais diferença para o país. Este perfil é o mais desenvolvido social e economicamente, como mostra, por exemplo, o fato de sua renda pessoal ser quase o dobro em comparação à renda do total de empreendedores. Além disso, eles revelam o mais alto nível de escolaridade – 24% deles completou o ensino superior, enquanto a média dos empreendedores brasileiros é de 16%.

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